Instrumentos clássicos da matemática - 8º Encontro

Estamos chegando ao final da II Etapa da formação. Que semana proveitosa...

Hoje, dia 27/04/2017, véspera de movimento nacional de paralisação em respeito aos direitos trabalhistas, trabalhamos bastante!

O tema gerador de nosso encontro foi uso de instrumentos clássicos de matemática. A utilização do termo "clássico", de certo modo, é uma provocação pelo desuso de instrumentos como compasso, régua e transferidor na sala de aula. Não sabemos, ao certo, o motivo do "desaparecimento" desses recursos nas aulas de matemática, mas tal constatação perpassa por nossas observações nas escolas que visitamos, nos cursos de formação de professores que tanto ofertamos, bem como nos fóruns que participamos. Algumas das suposições é o desconhecimento do potencial e do uso de tais instrumentos, bem como de sua ausência nos cursos de formação em nível inicial nas instituições de ensino superior.
Em nossa formação ofertada no NAEH, não abrimos mão de trabalhar a riqueza desses recursos nas aulas de matemática.

Iniciamos o nosso encontro distribuindo para cada participante uma régua, um compasso e um transferidor de 180º.
A primeira parte foi mostrar um instrumento bastante presente na escola, a régua. Expomos alguns cuidados com o seu uso. Um dos desafios apresentados foi construir, com uso exclusivo da régua, alguns triângulos com dimensões específicas. Após a observação de que todos tiveram enormes dificuldades na construção, discutimos que tal instrumento não era destinado a construções geométricas. Apresentamos alguns modelos diferentes de régua como o escalímetro e alguns exemplos de seu uso na condução de trabalhos com escalas.

Em seguida, apresentamos o compasso. Expomos sobre os tipos e funções. Mostramos como ajustar a ponta seca e o grafite, regular a abertura, bem como a forma correta do manuseio do instrumento. Fizemos, como exercício inicial, várias construções de circunferências concêntricas e não concêntricas.
A etapa seguinte foi executar a construção dos triângulos solicitados anteriormente, agora com uso do compasso. Demonstramos como proceder nas etapas de construção, desde as construções básicas, ao processo de medição da abertura do compasso e tipos de traços.
Dos desafios propostos nas construções, chegou-se a conclusão da condição de existência de um triângulo: para que exista um triângulo é necessário que a medida de um dos lados do triângulo seja menor que a soma das medidas dos dois outros lados.

Os desafios seguintes se constituíram na construção de elementos do triângulo como mediana, bissetriz e altura, chegando aos pontos de interseção como baricentro, incentro e ortocentro.


Também foram construídos polígonos como quadriláteros e hexágonos.

Embora tenha-se trabalhado a construção de ângulos com uso do compasso, apresentamos que o instrumento adequado para esse fim é o transferidor (medir e desenhar ângulos). Apresentamos várias atividades de construção de ângulos agudos, retos e obtusos com uso do transferidor.

Ao final, muitas discussões suscitaram no uso pedagógico nas classes hospitalares, mas, tirando a necessidade de higienização dos instrumentos, não percebemos maiores riscos no uso com crianças em estado de saúde debilitado.

Como prometido, para aprofundar nos conteúdos de construções geométricas, disponibilizamos nos links a seguir alguns materiais para consulta:
Desenho Geométrico: Prof. Jorge Reis
Como usar um transferidor: Wiki How

Seguem fotos do nosso 8º encontro.