Arte e Matemática - 7º encontro

Olá!

O nosso 3º encontro da II etapa de formação, ocorrida no dia 26/04/2017, foi bastante movimentado e interativo.
Utilizamos como base para o nosso encontro a arte da dobradura. A nossa ideia com essa etapa da formação era apresentar a dobradura não só como uma estratégia pedagógica para o ensino de conteúdos matemáticos, mas, sobretudo, mostrar a relação entre arte, matemática e cultura, trabalhar elementos como organização, concentração, persistência, cuidado, atenção e respeito. Para tanto o encontro foi organizado em quatro etapas.

Na primeira etapa, ângulos, nos propomos apresentar os elementos básicos da geometria, como ponto/vértice, segmento/lado/diagonal, eixos de simetria, ângulos, dentre outros, fazendo uso de um quadrado de papel.
Iniciamos o trabalho com a construção de triângulos, fazendo uso de recursos nominais e demonstrativos dos referidos elementos da geometria. Daí, como resultante desta atividade, fizemos a demonstração de que, em qualquer triângulo, a soma de seus ângulos internos resulta em 180º.
Iniciando a segunda atividade com a construção de quadriláteros como retângulos, losangos, paralelogramos, quadrados e trapézios. Observou-se, pelas dobraduras, que os quadriláteros podiam ser constituídos de dois triângulos, e, partindo do conhecimento de que a soma dos ângulos internos de um triângulo é igual a 180º, ficou fácil concluir que, em qualquer quadrilátero, a soma dos ângulos internos é igual a 2 vezes 180º (referente aos dois triângulos), ou seja, 360º.
Ao construirmos um pentágono e um hexágono, os participantes chegaram a conclusão de que o número de triângulo que constitui as figuras estava em função do número dos seus respectivos lados, ou seja, o número de triângulos diferentes formados pelas diagonais de um vértice em comum dos polígonos era igual ao número de lados que o constituía, menos dois. Sabendo que soma dos ângulos internos de qualquer triângulo é igual 180, chegou-se a seguinte propriedade: S(n) = (n - 2) x 180.
Resultado de imagem para dobradura soma dos ângulos internos
 Na segunda etapa, simetria, nos propomos a apresentar o conceito e os diferentes tipos de simetria. Conversamos sobre a presença da simetria na arte (a partir dos trabalhos de Maurits Cornelis Escher) e na natureza (com uso de diferentes tipos de imagens).
 
Sky and Water I (1938)

Day and Nigth (1938).
Circle Limit IV (1960).

Na sequência, por meio do trabalho com dobradura, apresentamos os eixos simétricos nos diferentes tipos de triângulos e quadriláteros.


Na terceira etapa, foi trabalhada a construção de parábolas. Para essa atividade, os professores do NAEH construíram em um recorte de papel recebido um segmento de reta s qualquer e um ponto F, externo à reta. Sobre o segmento, foi proposto que construíssem um número sugestivo de pontos superior a sete (como parâmetro), sendo estes denominados, conforme sequência, de A, B, C..., G...
Dobrando a folha de papel, um a um, de formando vincos em cada etapa, cada ponto da reta deveria se unir ao ponto F fazendo um vinco visível de segmento perpassando de A a F, de B a F e assim por diante. Por fim, conforme se pode ver na figura seguinte, a tarefa era finalizada com a construção da parábola.
Essa atividade foi enriquecida com informações e propriedades da parábola e seus respectivos elementos como Foco, vértice, pontos máximos e mínimos, eixo de simetria, dentre outros.


A quarta e última etapa do encontro foi bastante especial, no sentido de que apresentamos um pouco da arte e cultura milenar japonesa denominada de Origami. conversamos sobre os diferentes usos de papéis, bem como das tradições, crenças e lendas por trás das figuras e formas. Nessa etapa foi essencial auxiliar os presentes a fazer leitura dos diagramas (seja no modelo brasileiro ou japonês).
Após ficarem curiosos em conhecer as magias que circundam o pássaro, iniciamos a construção do Tsuru, uma figura mística e recheada de desafios no seu processo de construção. Os resultados e a satisfação dos participantes podem ser conferidos nas fotos seguintes.








Segue o diagrama para a construção do Tsuru:


Como desenvolvimento de atividades envolvendo o Origami, segue o link para a apostila "Oficina de histórias contadas com origamis", de Irene Tanabi.






Consumo e Cidadania - 6º Encontro

Prezados professores, 🙇

Apresentamos no sexto encontro o tema gerador "Consumo e Cidadania" com o objetivo de aprofundar sobre um problema social importante de ser discutido e amadurecido. A proposta, com posicionamento crítico e reflexivo, sobre o consumo frente a seus veículos impulsionadores, visou fazer uma tomada de consciência da necessidade de planejamento e organização financeira, desenvolvimento de conhecimentos matemáticos e suas relações com o tema proposto.

Partindo do questionamento com os docentes do NAEH sobre a importância percebida sobre essa temática, apresentamos alguns vídeos de curta-metragem, como "Desirella", "O ser humano capitalista" e "O mundo obsoleto e consumista".  Acesse os vídeos nos links abaixo.

  • Desirella
  • O ser humano capitalista
  • O mundo obsoleto e consumista


Como memória do encontro, após a apresentação dos curta-metragens, provocamos refletir sobre a relação dos vídeos com o tema "Consumo e Cidadania", buscando aproximações com o ensino de matemática.

Como sugestão de possibilidades de aulas, a partir de propostas inter e transdisciplinares, foram expostas as seguintes sugestões:

  1. Produção de foto-vídeo, a partir do trabalho desenvolvido com educandos do 9º ano de uma escola pública, partindo do art. 7º, inciso IV, da Constituição Federal de 1988, acerca do salário mínimo, que envolveu as áreas de Língua Portuguesa, Arte e Matemática;
  2. Estudo sobre hábitos de consumo promovido pelas disciplinas de Língua Portuguesa, Sociologia e Matemática com alunos do Ensino Médio de uma escola pública de Goiânia. Após discussão sobre a temática proposta, os alunos construíram um questionário e aplicaram aos demais alunos da escola com o uso de "Formulários Google". Ao tratar os dados com uso de planilhas eletrônicas, construíram a síntese dos resultados, fizeram as apresentações em formato de seminário e construíram um relatório final.




Ao final, questionamos sobre que tipo de aula ou projeto poderia ser desenvolvida com os alunos de classe hospitalar e que cuidados especiais a proposta teria que se atentar. As discussões foram ricas e bastante proveitosas.


🙆
A seguir, como combinado, apresentamos outras sugestões de vídeos com possibilidade de trabalho pedagógico sobre o tema em questão:

  • Ilha das Flores


  • Runaway, a geladeira fujona


🙏
Enquanto sugestão de projeto de trabalho, segue, no link, uma sequência didática, estruturada com sugestões de conteúdos, vídeos, atividades e leituras.
Trabalho e Consumo

Sugestões de filmes que surgiram nas nossas discussões:




🙅

Agora é com vocês. Bom estudo! Estamos disponíveis para conversarmos sobre suas dúvidas, sugestões, questionamentos e ideias.


Os formadores.
🙋





II Etapa da Formação: 5º Encontro

Hoje, 24/04/2017, iniciamos a II Etapa da Formação de Professores de Classes Hospitalares em Matemática com a apresentação dos resultados das atividades propostas na etapa anterior.

No primeiro momento, uma parte dos cursistas apresentou as propostas pedagógicas desenvolvidas com os educandos das classes hospitalares. No segundo momento,  os professores apresentaram o desenvolvimento de jogos tendo como parâmetro os seguintes itens: 1) conter elementos de inovação; 2) abordar a área de matemática; 3) ser acompanhado de uma proposta pedagógica; 4) apresentar qualidade material, estética e jogabilidade; 5) conter uso de materiais/recursos reciclados e que o produto final seja de baixo custo; 6) levar em consideração especificidades/particularidade de uma classe hospitalar.

Ressalta-se que muitas discussões importantes surgiram nesse encontro. Possivelmente a que demandou mais reflexão e necessidade de maiores aprofundamentos se deu a partir da problemática do uso de recursos materiais no ambiente hospitalar. Dois casos foram citados, ambos com inúmeras restrições no uso de materiais para as aulas. As professoras apresentaram que, diante dos inúmeros impedimentos, adotaram a estratégia de utilização de recursos pedagógicos descartáveis, como foi o caso do trabalho com o xadrez com as peças impressas em papel comum, pela Professora Gisely, e o  da Escala Cuisenaire com fitas coloridas de papel com gramatura mais espessa, pela Professora Késia. Ambas as situações, os ricos materiais deveriam ter uso exclusivo e individualizado, sendo, ao final da aula, descartados. Ao final, ficou acordado com a equipe pedagógica e administrativa do NAEH a necessidade de envolver profissionais da área de biossegurança da UFG no auxílio para constituição de uso e manejo de materiais adequados para uso pedagógico nas classes hospitalares.

Seguem registros fotográficos de alguns momentos do primeiro encontro da 2ª etapa de formação.

Dupla: Valéria e Juscélia, que apresentaram o Tangram. Material: link.

 

Dupla: Káttia e Jean, apresentando o jogo "Truque da idade".

 



Dupla: Maria José e Miriã, com o jogo "Tabuada".

 

Individual: Gisely apresentando o relatório da aula interdisciplinar utilizando, como ferramenta de aprendizagem, o xadrez.


Individual: Késia apresentando o relatório da aula que utilizou a escala Cuisenaire. Material: link.



Dupla: Josane e Joelma, apresentando o "Jogo dos prendedores".


Dupla: Deuslene e Cleusa, apresentando o jogo "Tabuleiro das operações".


Dupla: Jordânea e Renata, apresentando os jogos "Bingo de Potências e Radiciação" e "Trilha dos restos".

 

Individual: Heloíza relatando a aula em que utilizou baralho para trabalhar cálculo mental com o jogo "Vinte e Um".


Individual: Helena apresentando uma atividade utilizando um jogo "Chegando a zero"


Individual: Sandra Regina relatando a aula que utilizou o jogo "Senha".

Individual: Maria Sebastiana relatou sua experiência de criar o jogo e a utilização dele com a sua educanda.